Audio da mente

domingo



Satanás - Ser ou não Ser, Eis a Questão


Paulo da Silva Neto Sobrinho

Tentaremos fazer uma pesquisa sobre esse tema, para ver se realmente tal ser existe ou não. Primeiramente devemos buscar saber de sua origem.
No livro "A História da Bíblia", Hendrik Willem Van Loon, com tradução de Monteiro Lobato, Ed. Cultrix, Cap. XVIII - Judéia, Província Grega, pág. 122, encontramos:
"Durante a longa residência na Pérsia, os judeus travaram conhecimento com um novo sistema religioso. Os persas seguiam um grande mestre de nome Zaratustra, ou Zoroastro".
"Zaratustra considerava a vida como uma eterna luta entre o Bem e o Mal. O deus do Bem, Ormuzd, estava sempre em guerra com o deus do Mal e da ignorância - Ariman. Ora, isto era uma idéia nova para a maior parte dos judeus".
"Até então haviam eles reconhecido a um senhor único, ao qual deram o nome de Jeová. Quando as coisas corriam mal, quando eles eram derrotados nas batalhas ou assolados por moléstias, invariavelmente atribuíam o desastre à falta de devoção do povo. A idéia de que o pecado proviesse de interferência dum espírito do mal, nunca lhes ocorrera. A própria serpente no Paraíso parecia-lhes menos culpada que Adão e Eva, os quais conscientemente haviam desobedecido à vontade divina".
"Sob a influência das doutrinas de Zaratustra, os judeus começaram a crer na existência dum espírito que procurava desfazer a obra de Jeová. E esse adversário deram o nome de Satã".
"Passaram a odiá-lo e temê-lo, e no ano 331 convenceram-se de que Satã andava pela terra".
Informação importantíssima, nos traz Hendrik, pois agora sabemos que a cultura persa acabou por influenciar os nossos antepassados no tocante a existência de satanás. (letra minúscula é proposital).
A primeira vez que essa palavra aparece na Bíblia é em 1 Crônicas 21,1. Entretanto a esse respeito podemos colocar as observações do Dr. Severino Celestino da Silva, autor do livro Analisando as Traduções Bíblicas, que fala o seguinte:
"Uma outra observação interessante é que o livro de Samuel foi escrito antes da influência persa no ano de 622 a.C e, no II livro de Samuel em seu capítulo 24:1, você lê com relação ao Recenseamento de Israêl o seguinte: ‘A cólera de IAHVÉH se inflamou novamente contra Israêl e excitou David contra eles, dizendo-lhe; Vai recensear Israêl e Judá’".
"Agora veja esta mesma passagem no I livro das Crônicas, que foi escrito no começo do ano 300 a.C, portanto, já sob a influência do Zoroastrismo persa, com o já conhecimento de ‘Ahriman’ – ‘Satanás’. No capítulo 21:1 desse livro, está escrito: Recenseamento: ‘e levantou-se Satã contra Israêl, e excitou David a fazer o recenseamento de Israêl’. Portanto, o que era IAHVÉH no livro de Samuel aparece agora no livro das Crônicas como SATANÁS. (Confira em sua Bíblia)".
"Assim, está evidenciado que Satanás não é um conceito original da Bíblia, e sim, introduzido nela, a partir do Zoroastrismo Persa".
Desta forma, a prova da incorporação da cultura religiosa persa se nos apresenta de maneira clara. E a título de informação o domínio persa sobre os judeus se deu no período de 539 a 400 a.C.
Seguindo, vamos encontrá-lo novamente no livro de Jó 1,6-12, que narra:
"Certa vez, foram os filhos de Deus apresentar-se ao Senhor; entre eles veio também Satanás. O Senhor, então, disse a Satanás: ‘Donde vens?’ –‘Dei umas voltas pela terra, andando a esmo’, respondeu ele. O Senhor lhe disse: ‘Reparastes no meu servo Jó? Na terra não há outro igual: é um homem íntegro e reto, teme a Deus e se agasta do mal’. Satanás respondeu ao Senhor: ‘Mas será por nada que Jó teme a Deus? Porventura não levantaste um muro de proteção ao redor dele, de sua casa e de todos os seus bens? Abençoastes seus empreendimentos e seus rebanhos cobrem toda a região. Mas estende a mão e toca em todos os seus bens: eu te garanto que te lançará maldições em rosto!’ Então o Senhor disse a Satanás: ‘Pois bem, tudo o que ele possui, eu o deixo em teu poder, mas não estendas a mão contra ele!’ Mas Satanás saiu da presença do Senhor".
Informa-nos os tradutores da Bíblia Sagrada (publicação da Editora Vozes), em nota de rodapé, que "Satanás não é o demônio da concepção cristã, mas mero personagem funcional da narrativa". Do que deduzimos, pela informação, que não se trata, portanto, de um ser.
Por volta do ano 520 a.C, em pleno domínio persa, aparece no cenário bíblico o profeta Zacarias. Em seu livro (3,1), encontramos mais uma vez referência a satanás, vejamos: "Ele me fez ver o sumo Sacerdote Josué, que estava de pé diante do anjo do Senhor, e Satã, que estava de pé à sua direita para acusá-lo".
Os mesmos tradutores citados há pouco nos dão a seguinte informação: "Satã não é ainda o Espírito do Mal ou o Demônio da concepção cristã. Não é uma pessoa, mas antes alguém que exerce uma função, a de contradizer a Deus; só aos poucos é visto como um ser pessoal". Confirmam o que disseram anteriormente, mas agora de uma maneira ainda mais clara que não permite outro tipo de interpretação.
É muito comum citarem a passagem de Isaías 14,12-14, como uma referência a satanás. Vejamo-la: "Como caíste do céu, ó estrela d’alva, filho da aurora! Como foste atirado à terra, vencedor das nações! E, no entanto, dizias no teu coração: ‘Subirei até o céu, acima das estrelas de Deus colocarei o meu trono, estabelecer-me-ei na montanha da Assembléia, nos confins do norte. Subirei acima das nuvens, tornar-me-ei semelhante ao Altíssimo’. E, contudo, foste precipitado ao Xeol, nas profundezas do abismo". Na publicação Mundo Novo, Bíblia usada pelos protestantes, nós encontramos, em nota de rodapé dos tradutores, que seria uma referência a satanás. Já na Bíblia Sagrada publicação Editora Vozes, de orientação católica, a nota diz que essa passagem é "provavelmente uma alusão a um mito cananeu. Há diversos paralelismos com textos da literatura ugarítica, descobertos em Rãs-Shamra". Esse trecho pode estar relacionado ao mito cananeu, entretanto, o mais importante é que ele, na verdade, é uma sátira que Deus manda Isaías fazer ao rei da Babilônia, conforme podemos verificar no início do texto (13,1 e 14,2-4). Assim o contexto não autoriza ninguém a atribuir tal referência a ninguém a não ser ao rei da Babilônia.
Igual procedimento fizeram em relação a Ezequiel 28, 11-15, que também, não se refere a satanás, mas a uma lamentação que Deus ordena que se faça contra o rei de Tiro.
A idéia inicial de que satanás quer dizer adversário, podemos confirmar em Mateus 16, 21-23: "E Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém, e sofrer muito da parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos doutores da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar ao terceiro dia. Então Pedro levou Jesus para um lado, e o repreendeu, dizendo: ‘Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!’ Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: ‘Fique longe de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, porque não pensa as coisas de Deus, mas as coisas dos homens!’".
Por essa passagem podemos ver que Cristo não estava dizendo que Pedro estava com satanás, mas que ele estava sendo seu adversário, que é o significado literal dessa palavra. Podemos até ressaltar que em momento algum Jesus expulsou satanás de alguém, mas somente "demônios", ou seja, espíritos maus, provando desta forma que ele não é um ser como querem os teólogos.
Vejamos, agora, a análise mais completa que Dr. Severino Celestino faz em seu livro Analisando as Traduções Bíblicas []:
"Satanás"
"Satanás é uma figura muito controvertida na Bíblia. A palavra ‘Satã’ significa acusador".
"Aparece, pela primeira vez no livro de Jó, sendo como um promotor celestial. A sua intimidade com Deus e o direito de entrar no ‘Céu’, de ir e vir livremente e dialogar com Ele, torna-o uma figura de muito destaque. Veja o livro de Jó 1:6 ‘Um dia em que os filhos de Deus se apresentaram diante do Senhor, veio também Satanás entre eles’".
"O livro de Jó foi escrito depois do Exílio Babilônico. Sabemos que o povo judeu, tendo retornado a Israel com a permissão de Ciro, rei persa, no ano de 538 a.C., assimilou muitos costumes dos persas. Isso ocorreu devido à simpatia e apoio que receberam do rei, que inclusive permitiu a construção do Segundo Templo judaico e ainda devolveu muitos de seus tesouros, que haviam sido roubados".
"A religião dos persas, o Zoroastrismo, influenciou sobremaneira o judaísmo".
"No Zoroastrismo, existe o Deus supremo ‘Ahura-Mazda’ que sofre a oposição de uma outra força poderosa, conhecida como ‘Angra Mainyu, ou Ahriman’, ‘o espírito mau’. Desde o começo da existência, esses dois espíritos antagônicos têm-se combatido mutuamente".
"O Zoroastrismo foi uma das mais antigas religiões a ensinar o triunfo final do bem sobre o mal. No fim, haverá punição para os maus, e recompensa para os bons".
"E foi do Zoroastrismo que os judeus aprenderam a crença em um ‘Ahriman’, um diabo pessoal, que, em hebraico, eles chamaram de ‘Satanás’. Por isso, o seu aparecimento na Bíblia só ocorre no livro de Jó e nos outros livros escritos após o exílio Babilônico, do ano de 538 a.C. para cá. Nestes livros, já aparece a influência do Zoroastrismo persa. Observe ainda que a tentação do Adão e Eva é feita pela serpente e não por Satanás, demonstrando assim, que o escritor do Gênesis não conhecia Satanás. Os sábios judaicos interpretando o Eclesiastes 10:11, afirmam (Pirkei de Rabi Eliezer 13), que na verdade, a cobra que seduziu Adão e Eva era o Anjo Samael que apareceu na terra sob forma de serpente. E que Ele é conhecido como o ‘dono da língua’. A Anjo Samael, que apareceu sob a forma de serpente, usou sua língua, e este poder pode ser usado somente para dominar o sábio. Ele não pode prevalecer sobre um ignorante".
"Uma outra observação interessante é que o livro de Samuel foi escrito antes da influência persa no ano de 622 a.C e, no II livro de Samuel em seu capítulo 24:1, você lê com relação ao Recenseamento de Israêl o seguinte: ‘A cólera de IAHVÉH se inflamou novamente contra Israêl e excitou David contra eles, dizendo-lhe; Vai recensear Israêl e Judá’".
"Agora veja esta mesma passagem no I livro das Crônicas, que foi escrito no começo do ano 300 a.C, portanto, já sob a influência do Zoroastrismo persa, com o já conhecimento de ‘Ahriman’ – ‘Satanás’. No capítulo 21:1 desse livro, está escrito: Recenseamento: ‘e levantou-se Satã contra Israêl, e excitou David a fazer o recenseamento de Israêl’. Portanto, o que era IAHVÉH no livro de Samuel aparece agora no livro das Crônicas como SATANÁS. (Confira em sua Bíblia)".
"Assim, está evidenciado que Satanás não é um conceito original da Bíblia, e sim, introduzido nela, a partir do Zoroastrismo Persa".
"Passa a existir a partir daí, ‘uma lenda’ entre o povo judeu de que Satanás é considerado como o rei dos demônios, que se rebelara contra Deus sendo expulso do céu. Ao exilar-se do céu, levou consigo uma hoste de anjos caídos, e tornou-se seu líder. A rebelião começou quando ele, Satanás, o maior dos anjos, com o dobro de asas, recusou prestar homenagem a Adão. Afirmam ainda que esteve por trás do pecado de Adão e Eva, no Jardim do Éden, mantendo relação sexual com Eva, sendo portanto, pai de Caim. Ajudou Noé a embriagar-se com vinho e tentou persuadir Abraão a não obedecer a deus no episódio do sacrifício do seu filho Isaac".
"Muitas pessoas acreditam no poder de Satanás e até o enaltecem em suas igrejas, razão pela qual, acharmos que seriam fechadas muitas igrejas se os seus dirigentes deixassem de acreditar em Satanás".
Endossamos essas últimas palavras do Dr. Severino.
Somente pessoas retrógradas ou de mente fechada é que podem acreditar na existência de duas potências – a do bem e a do mal - a lutar perpetuamente pela "posse" das almas. De duas uma, ou Deus é tudo ou não é nada. Como não admitimos a segunda hipótese, temos convicção que Deus é tudo. E tudo o que existe é criação sua, e como Deus não criaria o mal, pressupomos que o mal é temporário. Por outro lado, não poderia criar um ser perfeito que posteriormente viesse a decair, pois teríamos pressupor que não o teria criado perfeito. Ora, sendo Deus a perfeição absoluta, tudo que faz é perfeito por natureza e origem.
Mas o homem ainda não compreendendo a grandeza de Deus vem, infelizmente, perpetuando esse dualismo entre o bem e o mal, principalmente no meio das religiões cristãs tradicionais. Erro teológico, que a nosso ver é grave, pois é com esse pensamento que sustentam uma pedagogia negativa, querendo que seus fiéis façam o bem somente por medo do "tridente de satanás", ao invés, do que seria obvio e lógico, fazer o bem por amor à Deus.

(Texto publicado na Revista Universo Espírita, nº 03, agosto/2003).
Referências bibliográficas:
A História da Bíblia, Hendrik Willem Van Loon, tradução Monteiro Lobato, Cultrix, São Paulo, SP, 1981.
Analisando as Traduções Bíblicas, Dr. Severino Celestino da Silva, Idéia Editora, João Pessoa, PB, 3ª edição, 2001.
A Bíblia Anotada = The Ryrie Study Bible/Texto bíblico: Versão Almeida, Revista e Atualizada, com introdução, esboço, referências laterais e notas por Charles Caldwell Ryrie; Trad. Carlos Oswaldo Cardoso Pinto, São Paulo: Mundo Cristão -, 1994.
Bíblia Sagrada, Editora Vozes, Petrópolis, RJ, 1989, 8a. Edição;
Bíblia de Jerusalém, Paulus Editora, 2002, nova edição, revista e ampliada.

sábado

http://www.abiblia.org/recursosApocrifos.asp

Textos dos livros Apócrifos

QUEM SOU FAZ A DIFERENÇA


QUEM EU SOU FAZ A DIFERENÇA

Uma professora de determinado colégio decidiu homenagear cada um dos seus formandos dizendo-lhes da diferença que tinham feito em sua vida de mestra.

Chamou um de cada vez para frente da classe. Começou dizendo a cada um a diferença que tinham feito para ela e para os outros da turma.

Então deu a cada um uma fita azul, gravada com letras douradas que diziam: "Quem Eu Sou Faz a Diferença"..

Mais adiante, resolveu propor um Projeto para a turma, para que pudessem ver o impacto que o reconhecimento positivo pode ter sobre uma comunidade.

Deu aos alunos mais três fitas azuis para cada um, com os mesmos dizeres, e os orientou a entregarem as fitas para as pessoas de seu conhecimento que achavam que desempenhavam um papel diferente. Mas que deveriam poder acompanhar os resultados para ver quem homenagearia quem, e informar esses resultados à classe ao fim de uma semana.

Um dos rapazes procurou um executivo iniciante em uma empresa próxima, e o homenageou por tê-lo ajudado a planejar sua carreira. Deu-lhe uma
fita azul, pregando-a em sua camisa. Feito isso, deu-lhe as outras duas fitas dizendo:

"Estamos desenvolvendo um projeto de classe sobre reconhecimento, e gostaríamos que você escolhesse alguém para homenagear, entregando-lhe
uma fita azul, e mais outra, para que ela, por sua vez, também possa homenagear a uma outra pessoa, e manter este processo vivo. Mas depois, por favor, me conte o que perceber ter acontecido."

Mais tarde, naquele dia, o executivo iniciante procurou seu chefe, que era conhecido, por sinal, como uma pessoa de difícil trato. Fez seu chefe sentar, disse-lhe que o admirava muito por ser um gênio criativo. O chefe pareceu ficar muito surpreso. O executivo subalterno perguntou a ele se aceitaria uma fita azul e se lhe permitiria colocá-la nele. O chefe surpreso disse: "É claro." Afixando a fita no bolso da lapela, bem acima do coração, o executivo deu-lhe mais uma fita azul igual e pediu: "Leve esta outra fita e passe-a a alguém que você também admira muito." E explicou sobre o projeto de classe do menino que havia dado a fita a ele próprio.

No final do dia, quando o chefe chegou a sua casa, chamou seu filho de 14 anos e o fez sentar-se diante dele. E disse: "A coisa mais incrível me aconteceu hoje. Eu estava na minha sala e um dos executivos subalternos veio e me deu uma fita azul pelo meu gênio criativo. Imagine só! Ele acha que sou um gênio! Então me colocou esta fita que diz que "Quem Eu Sou Faz a Diferença". Deu-me uma fita a mais pedindo que eu escolhesse alguma outra pessoa que eu achasse merecedora de igual reconhecimento." Quando vinha para casa, enquanto dirigia, fiquei pensando em quem eu escolheria e pensei em você..

Gostaria de homenageá-lo. "Meus dias são muito caóticos e quando chego em casa, não dou muita atenção a você. As vezes grito com você por não conseguir notas melhores na escola, e por seu quarto estar sempre uma bagunça. Mas por alguma razão, hoje, agora, me deu vontade de tê-lo à minha frente. Simplesmente, sabe, para dizer a você, que você faz uma grande diferença para mim. Além de sua mãe, você é a pessoa mais importante da minha vida. Você é um grande garoto filho, e eu te amo!"

O menino, pego de surpresa, desandou a chorar convulsivamente sem parar. Ele olhou seu pai e falou entre lágrimas:

"Pai, poucas horas atrás eu estava no meu quarto e escrevi uma carta de despedida endereçada a você e à mamãe, explicando porque havia decidido suicidar e lhes pedindo perdão". Pretendia me matar enquanto vocês dormiam. Achei que vocês não se importavam comigo. "A carta está lá em cima, mas acho que afinal, não vou precisar dela mesmo." Seu pai foi lá em cima e encontrou uma carta cheia de angústia e de dor.

O homem foi para o trabalho no dia seguinte completamente mudado. Ele não era mais ranzinza e fez questão de que cada um dos seus subordinados soubesse a diferença que cada um fazia. O executivo que deu origem a isso ajudou muitos outros a planejarem suas carreiras e nunca esqueceu de lhes dizer que cada um havia feito uma diferença em sua vida... Sendo um deles o filho do próprio chefe.

A conseqüência desse projeto é que cada um dos alunos que participou dele aprendeu uma grande lição. De que "Quem Você É Faz sim, uma Grande Diferença".

Quem você é na minha vida, faz muita diferença para mim, e eu queria que você soubesse disso.
Eis aqui a sua fita azul! Tenha um excelente dia!

LANÇEMOS A NOSSA REDE


PESSOAL!OUÇAM ESSAS PALAVRAS DE UM LIDER RELIGIOSO,MAS ACREDITO QUE INDEPENDENTE DE RELIGIAO ELA POSSA ENCAIXAR PERFEITAMENTE EM NOSSAS VIDAS.

QUE POSSAMOS LANÇAR NOSSAS REDES NESTE GLOBO E COLHER MARAVILHAS COMO NOS FOI ENSINADO.

SEGUE O TEXTO:

"Somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Ele é o criador do universo. Portanto, nosso destino, nossa missão, é criar também. Sermos criativos. Criarmos nosso presente e nosso futuro, todos os dias. Somos os responsáveis por tudo o que criamos. Tudo o que existe hoje em nossa vida, nós criamos, porque temos esse poder, que nos foi dado por Deus.

Para criar coisas novas todos os dias, temos que agir com o coração, com amor (agir com coragem). O amor é o oposto do medo. O medo paralisa a criatividade. Medo de falhar, medo de errar, medo de fracassar, medo de sofrer. Tudo isso faz com que nos esqueçamos de agir com o coração e passemos a agir com a mente.

Quem age com a mente (com medo) é reativo. Reage à vida em vez de criá-la. Não consegue iniciar nada, mudar nada, nem tomar qualquer iniciativa. Está paralisado pelo medo.

Com o tempo, a mente racional cria rotinas e se sente confortável em segui-las. A maioria das pessoas segue um determinado padrão de normalidade graças ao medo. Ser normal, hoje em dia, é seguir regras, é se encaixar em padrões, mesmo que esses padrões nada tenham a ver com nossa vida. É agir sempre com medo. É ter uma determinada aparência e comportamento com medo de não ser aceito, é estar em um relacionamento destrutivo com medo de terminar, é comprar um carro com medo de ser assaltado, é trabalhar em qualquer lugar com medo de ser despedido.

Mas os filhos de Deus não nasceram para serem normais. Nasceram para serem naturais. Ser natural é ser criativo, honesto, espontâneo, verdadeiro, corajoso. Principalmente consigo mesmo, depois, com os outros.

Ser natural é usar os fenômenos naturais para criar o sobrenatural. É agir com o que temos à disposição. Quando Pedro estava no barco reclamando que não pegava nenhum peixe, Jesus disse a ele que simplesmente jogasse a rede novamente, que tentasse de novo. Jogar a rede é um fenômeno natural, é uma ação de fé, baseada em um movimento concreto, aparentemente banal. Somente quando Pedro fez esse movimento, tão natural, é que Jesus operou o sobrenatural e a rede voltou cheia de peixes.

Hoje queremos mudar nossas vidas, mas ficamos como Pedro, segurando a rede, reclamando, imaginando que um milagre virá dos céus. Não imaginamos que, se fizermos um movimento natural de jogar a rede, num ato de fé, poderemos criar o sobrenatural em nossas vidas.

Em todos os milagres que realizou na Terra, Jesus usou o mundo natural, usou o próprio homem para operar o milagre. Mandou homens se lavarem em tanques, mandou outros pegarem seus leitos e andarem, enfim, chamou todos à ação.

O amor é natural. Fomos feitos para amar uns aos outros, mas o medo paralisa e impede o fluir desse amor. O medo e a raiva formam um bloqueio interno, que precisa ser quebrado. Para quebrar esse bloqueio, não é preciso nenhuma ação mirabolante. Podemos usar o mundo natural para fazer isso: escrever, gritar, expressar os sentimentos, dar um abraço em alguém, tomar um banho de mar, tomar sol, caminhar, fazer exercícios físicos. Coisas simples que podem nos ajudar a desbloquear o amor dentro de nós. Só é preciso uma coisa: agir.

Jesus veio para nos incitar a agir em vez de reagir. E a fazer isso em todos os setores das nossas vidas. É uma lei muito simples, muito natural. Deus responde a todas as nossas ações. Se agirmos com o coração, fazendo a nossa parte, Ele virá ao nosso encontro e fará por nós o que não conseguimos fazer. É assim que Deus opera em nossas vidas. É assim que o sobrenatural (o milagre) acontece".

Peço a Deus, que me ajude a ser natural.

quinta-feira

MESTRES SÁBIOS


O Príncipe Gamani
O Valor dos Conselhos Sábios de um Mestre


No passado havia um rei que tinha cem filhos. O mais jovem e último na sucessão era o Príncipe Gamani. Tinha um caráter empreendedor, paciente e amável.

Para educar e instruir a cada príncipe, o rei lhes designou um mestre. O Príncipe Gamani, embora fosse o último na sucessão, teve a sorte de receber o melhor mestre. Tinha mais sabedoria que os demais e tratou o príncipe como um pai trata um filho. Por sua vez, o Príncipe Gamani gostava muito de seu mestre e o tratava sempre com grande respeito e obedecia a todas as suas orientações.

Naquele tempo e segundo o costume, o rei enviou cada um dos príncipes a uma das províncias do país para que pudessem treinar na arte de governar e no trato com as pessoas. Quando o Príncipe Gamani chegou à idade para ser enviado, foi ver seu mestre para perguntar-lhe qual das províncias deveria escolher O mestre o aconselhou: "Não convém a ti ir a nenhuma província.Ao invés disso, diz a teu pai que, se ele envia seu filho herdeiro número cem a uma província, então não lhe sobrará nenhum para servir-lhe na cidade."

O Príncipe Gamani obedeceu a seu mestre e ficou na cidade para cuidar de seu pai com afeto e lealdade.

Depois de um tempo, o príncipe voltou a ver seu mestre e lhe perguntou: "Qual a melhor maneira de servir ao meu pai e ao povo da capital?" O sábio mestre lhe respondeu: "Pede ao rei que te ponha no cargo das Finanças para coletar os impostos e distribuir os lucros entre as pessoas. Se ele aceitar isso, então faz teu trabalho com honestidade e retidão, mostrando sempre boa disposição e amabilidade para com as pessoas.”

O príncipe seguiu o conselho de seu mestre. Como o rei confiava em seu filho, estava feliz de encarregá-lo com essas funções. Cada vez que o príncipe saía para a difícil tarefa de coletar os impostos, agia com amabilidade, retidão e seguindo sempre a lei. Cada vez que distribuía alimentos e remédios aos pobres, se mostrava generoso e cordial. Em pouco tempo o príncipe Gamani ganhou o respeito e a admiração de todas as pessoas.

Então, um dia, a vida do rei chegou ao fim. Seus ministros se juntaram ao redor de seu leito e perguntaram a ele qual de seus filhos deveria herdar o trono. O rei disse que como todos seus cem filhos tinham o mesmo direito, seria melhor que o povo mesmo escolhesse o príncipe que deveria ser seu próximo rei.

Depois que o rei morreu, todos os cidadãos elegeram Gamani, o príncipe número cem, como sucessor de seu pai. Devido a sua bondade e nobreza, o coroaram como Rei Gamani, o Correto.

Quando seus noventa e nove irmãos souberam disso, se sentiram muito mal, já que todos eles eram mais velhos. Cheios de raiva e inveja se prepararam para lutar. Enviaram uma mensagem ao Rei Gamani, dizendo: "Todos nós, seus irmãos somos mais velhos que você. Os países vizinhos vão rir de nós se aceitarmos que o príncipe número cem seja o que governe o país. É melhor que você abandone o trono ou vamos tirá-lo à força."

Depois de receber esta mensagem, o Rei Gamani mostrou-a a seu mestre e lhe pediu uma orientação.

Na verdade, este honorável mestre era encarnação de um Buda - um Ser Iluminado e lhe aconselhou com grande sabedoria: "Comunica-lhes que não vais lutar contra teus irmãos e que não lhes dará a oportunidade de matar pessoas inocentes deste povo que amas. Diz-lhes que em vez de lutar, decidiste repartir as riquezas do reino entre todos os cem príncipes. E aí, manda-lhes a cada um a parte que lhes pertence."

Novamente, Gamani aceitou o conselho de seu mestre e dividiu o tesouro do rei em cem partes.

Entretanto, cada um dos noventa e nove príncipes trouxe seu pequeno exército para atacar a capital. Quando receberam a mensagem de Gamani, junto com suas respectivas partes do tesouro real, se juntaram para decidir o que fazer. Viram que ao dividir tesouro real, cada uma das cem partes era tão pequena que não servia de nada. Portanto, não queriam aceitar que o tesouro fosse dividido. Também, perceberam que se lutassem contra o Rei Gamani e dividissem o reino entre eles, caberia a cada um uma parte muito insignificante que qualquer inimigo vizinho lhes tiraria com facilidade. Deste modo, todo o reino se perderia e nenhum deles poderia se beneficiar. Finalmente, decidiram devolver a parte do tesouro real que receberam, como oferenda de paz e aceitaram o reinado de Gamani.

Muito feliz, Gamani convidou seus irmãos para virem ao palácio para celebrar a paz e a união. Recebeu-os da maneira mais nobre e generosa e os tratou com grande fraternidade e cortesia. Deste modo, o rei e seus noventa e nove irmãos se tornaram os melhores amigos e prometeram sempre se apoiar mutuamente. Isso chegou aos ouvidos de todos os países vizinhos e ninguém jamais se atreveu a atacar o território de Gamani e seus noventa e nove irmãos.

Depois de uns meses, cada um dos irmãos retornou feliz e em paz para sua respectiva província.

Então o Rei Gamani convidou seu velho mestre para vir ao palácio para agradecer-lhe a sua ajuda. O encheu de riquezas e de presentes. Preparou uma grande festa em sua honra e disse aos senhores da corte: "Eu era o centésimo entre os cem príncipes. Todo o meu sucesso eu devo aos sábios conselhos de meu generoso mestre. Oxalá que todos sigam as recomendações de seus mestres sábios para experimentar a grande felicidade e prosperidade em suas vidas! No nosso caso, inclusive devemos a unidade e a força de nosso reino ao meu querido mestre."

O reino prosperou amplamente sob as leis generosas e justas do Rei Gamani, o Correto.

DEVEMOS APRENDER: AS RECOMPENSAS SE MULTIPLICAM QUANDO UMA PESSOA OUVE E SEGUE OS CONSELHOS DE UM MESTRE SÁBIO.

A tradução deste texto é uma preciosa colaboração de
Marlene Barreto - email escolaexecutiva@visualnet.com.br
Com ilustração de Sandro Neto Ribeiro sandro@vertex.com.br
Referências bibliográficas

quarta-feira

O QUE SERIA PAI SEM O TEU AMOR?


Pai, tu me criaste com um imenso amor, com um amor eterno. Desde toda a eternidade pensaste em mim e na força do teu amor disseste: “Vive; quero que vivas e que tenhas vida em plenitude, à minha imagem e semelhança, uma vez que eu sou o Deus da vida”. Amar é poder dizer “tu não morrerás nunca” e só tu, Pai, podes chamar-me à existência e dizer-me: “Eu te amo, e tu não morrerás jamais”.
Sou filho, precioso a teus olhos. Conheces-me pelo meu nome, sou teu. Tu me conheces em toda a transparência. Plasmas-te o meu interior e me teceste no seio de minha mãe, formando-me no silêncio das entranhas da vida. Tua mão me segura. Tua destra me conduz pelos caminhos da eternidade.
Amar é sonhar, e como sonhaste grande, Pai, a meu respeito. Tinhas um projeto estupendo para mim, ao criar-me. Como são insondáveis para mim teus pensamentos... Criaste-me para louvar-te e adorar-te, reconhecendo-te como único Deus, o único Absoluto, e reconhe-cendo, na alegria, minha condição de criatura, dependente mas amada, livre mas submissa ao teu amor, prestando-te a homenagem de minha inteligência limitada, pequeno reflexo de tua eterna sabedoria.
Criaste-me também para reverenciar-te, prestando-te a homenagem de minha vontade, con-formando o meu querer com teu querer, como teu Filho, Jesus, para que vivesse na verdade e gozasse da plenitude da vida. Criaste-me, enfim, para servir, prestando-te a homenagem de todo o meu ser.
Pai, tu serves porque amas. Tu és o grande servidor, porque és o Amor eterno. Como teu Filho, que não veio para ser servido, mas para servir, tu, Pai, estás sempre servindo, lavan-do nossos pés, enxugando nossas lágrimas, restaurando nossas esperanças falidas. Olhan-do para ti, Pai, compreendo que o serviço que esperas de mim, não diz respeito a ti, uma vez que de nada necessitas, és a plenitude. O serviço que esperas de mim diz respeito aos homens, meus irmãos: “Pedro, tu me amas? Apascenta minhas ovelhas”.
Que eu possa amar meus irmãos e irmãs no mundo, como tu os amas. Que eu, como tu, enxugue as lágrimas dos seus olhos, lave os seus pés, semeie a vida e a esperança em meu caminhar. Que eu me entregue, como Jesus, de corpo e alma, à construção do teu Reino na história, colaborando, dentro de minhas limitadas possibilidades, para criar um mundo irmão, solidário, justo... porque nisto és glorificado: “A glória de Deus é o homem vivo”.
Tudo o mais criaste para mim, fazendo de mim o rei de toda a criação. Criaste para mim o cosmos misterioso, que me amedronta, com suas galáxias e buracos negros, com suas es-trelas e planetas. Criaste este Universo tão grande, em cujo conhecimento estamos apenas engatinhando, após tanto progresso técnico. Com os dados atualmente disponíveis nossos cientistas, Pai, calculam que, se nosso Universo é redondo, ele teria um diâmetro de 10 a 12 milhões de anos luz!
Diante dessas grandezas e distâncias, o que é a terra que nos deste por moradia, tão mara-vilhosa nos seus oceanos e rios, nas suas montanhas, vales e planícies, nas suas florestas e desertos, nos seus minerais, vegetais e animais?”... e Deus viu que tudo era bom!”.
E eu, quem sou diante de tanta grandeza? Fizeste-me o rei de toda essa grandiosa e mara-vilhosa criação: minhas são as galáxias e as estrelas, meus são os céus e minha a terra e tudo o que a povoa. Deste-me tudo, para que em tudo pudesse louvar-te, reverenciar-te, servir-te. Desejaste que usasse de todas as criaturas livremente, tanto quanto me ajudam a crescer no amor, no dom, e assim assemelhar-me a ti, pois tu és o Amor, o Dom gratuito.
Criaste-me livre, e desejas que eu viva na liberdade, que só é verdadeira e plena no amor. Mas meu coração, Pai, tende a apegar-se desordenadamente às criaturas, e a fazer delas meus ídolos, meus pequenos deuses, a quem presto culto e ofereço incenso.
Com freqüência, Pai, tendo a fazer de mim mesmo o meu ídolo: coloco-me num pedestal, quero ser o centro, o ponto de referência. Meu orgulho, minha auto-suficiência levam-me a prescindir de ti,o único Necessário; levam-me a “cavar cisternas, cisternas fendidas, que não retêm a água”. Então fico confuso, minha inteligência e minha liberdade não tendo outro ponto de referência que a si mesmas, giram sobre si, em um universo fechado, onde não encontro respostas às questões derradeiras que me coloco.
Às vezes, Pai, minha liberdade desordenada tende a agarrar-se às criaturas, na expectativa de que me tragam a plenitude: o dinheiro e as riquezas, com toda a aparente segurança que trazem, são um ídolo cruel e sanguinário, que exige, cotidianamente, o sacrifício de milhares de vidas humanas. Dá-me compreender e viver o que teu Filho disse: “Não podeis servir a dois senhores. Não podeis servir a Deus ao dinheiro”.
O prestígio, a busca de “status” e projeção, o desejo de ser conhecido e de ter um nome na terra, é outro ídolo freqüentemente presente em minha vida. Sutilmente, Pai, sou levado a apropriar-me dos dons, talentos e qualidades que me deste, para minha própria exaltação, buscando a estima e a honra dos homens e deixando, em segundo plano, a glória que vem de ti. Não tenho o suficiente espírito de pobreza para reconhecer que tudo recebi de ti, e de ação de graças para agradecer-te pelos talentos recebidos. Não tenho suficiente disposição para colocar estes talentos a serviço da comunidade e do Reino, para que os homens, ven-do minhas boas obras, glorifiquem a ti, Pai, que estás nos céus, e não a mim.
Muitos outros ídolos, Pai, ameaçam continuamente tomar o teu lugar em minha vida: a saú-de, a vida longa, o prazer, o saber, o poder, o possuir... “bezerros de ouro”. Com freqüência, em vez de um Deus a quem seguir e submeter-me, prefiro um bezerro de ouro, ao qual pos-sa conduzir segundo os meus caprichos, e então torno-me escravo e perco a minha liberda-de.
Pediste a teu servo, Abraão, que te sacrificasse o “único filho”, e ele não hesitou, porque, para ele, só tu, Pai, eras Deus, e nenhuma criatura ocupava teu lugar em seu coração, nem mesmo seu filho, Isaac. Teu Filho, Jesus, disse: “Se tua mão te escandaliza, corta-a... se teu olho te escandaliza, arranca-o...”. Pai, ajuda-me a ser livre, arranca-me das prisões e dos apegos desordenados que me encerram, para que possa respirar um ar puro e abrir-me a um Mais, a horizontes mais amplos e iluminados, num crescente desejo de gastar a minha vida pelo Reino, grão de trigo que morre nos sulcos da história para gerar vida.
Dá-me, Pai, ser livre como teu Filho, Jesus, o Homem livre por excelência. Lendo os Evan-gelhos, respiro um clima de liberdade e confronto-me com um Homem livre, livre diante dos homens, diante das ideologias reinantes, dos grupos de pressão... Livre perante as tradi-ções, leis e autoridades, livre perante a sua vida e a sua morte. Onde encontrar a raiz desta liberdade pura? Creio, Pai, que essa raiz és tu. Jesus foi livre porque te encontrou, acolheu o teu amor, sintonizou o seu querer com o teu querer, não teve nenhum ídolo. Ele é o cami-nho. Que eu possa segui-lo para ser livre e amar como ele amou. Tem compaixão de mim, para que eu possa aprender contigo a ter compaixão de meus irmãos, e, na tua imensa bondade, conduze-me pelo caminho da eternidade.

LANÇAM AO VENTO

“Tu tens as palavras da vida eterna.” — Simão Pedro. (João, capítulo 6, versículo 68.)
Rodeiam-te as palavras, em todas as fases da luta e em todos os ângulos do caminho:- Frases respeitáveis que se referem aos teus deveres.- Verbo amigo trazido por dedicações que te reanimam e consolam.- Opiniões acerca de assuntos que te não dizem respeito.- Sugestões de variadas origens.- Preleções valiosas.- Discursos vazios que os teus ouvidos lançam ao vento.
Palavras faladas... palavras escritas...Dentre as expressões verbalistas articuladas ou silenciosas, junto das quais a tua mente se desenvolve, encontrarás, porém, as palavras da vida eterna.
Guarda teu coração à escuta.Nascem do amor insondável do Cristo, como a água pura do seio imenso da Terra.Muitas vezes te manténs despercebido e não lhes assinalas o aviso, o cântico, a lição e a beleza.Vigia no mundo, isolado de ti mesmo, para que lhes não percas o sabor e a claridade.- Exortam-te a considerar a grandeza de Deus e a viver de conformidade com as Suas Leis.- Referem-se ao Planeta como sendo nosso lar e à Humanidade como sendo a nossa família.- Revelam no amor o laço que nos une a todos.- Indicam no trabalho o nosso roteiro de evolução e aperfeiçoamento.- Descerram os horizontes divinos da vida e ensinam-nos a levantar os olhos para o mais alto e para o mais além.
Palavras, palavras, palavras..
Esquece aquelas que te incitam à inutilidade, aproveita quantas te mostram as obrigações justas e te ensinam a engrandecer a existência, mas não olvides as frases que te acordam para a luz e para o bem; elas podem penetrar o nosso coração, através de um amigo, de uma carta, de uma página ou de um livro, mas, no fundo, procedem sempre de Jesus, o Divino Amigo das Criaturas.Retém contigo as palavras da vida eterna, porque são as santificadoras do espírito, na experiência de cada dia, e, sobretudo, o nosso seguro apoio mental nas horas difíceis das grandes renovações.
EMMANUEL(Fonte Viva, 59, FCXavier, FEB)
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Muito obrigado!

GRANDES ENSINAMENTOS


Warwick Mota
http://geocities.com/wickmota


Seria impossível para nós, mensurarmos a grandeza dos ensinamentos do Mestre Jesus, mas podemos afirmar, que a proposta destes, e nortear o comportamento individual de cada um de nós, proporcionando-nos ensinamentos, que provocam profundas reflexões ensejando orientações, que despertam para o desenvolvimento espiritual.
Para lograr objetivos, a mensagem do Evangelho fundamenta-se, em dois grandes aspectos: A autoridade moral e a autoridade espiritual. A primeira, refere-se, a exemplificação dos ensinamentos através dos atos, a segunda interagente a primeira, além de denotar a grandeza moral do Cristo que transcende aos atos e palavras, faculta a modificação do ser, pelo envolvimento fluídico que provoca a sua superioridade espiritual, promanada não das qualidades de seu corpo, mas do seu Espírito. A exemplo disso nos narra Lucas cap. 19 v. 1 a 10, a passagem de Jesus por Jericó.
"E tendo Jesus entrado em Jericó, ele atravessava a cidade .
Havia um homem chamado Zaqueu, que era rico e chefe dos publicanos. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, pois era de baixa estatura. Correu então à frente e subiu num sincômoro para ver Jesus que iria passar por ali. Quando Jesus chegou ao lugar, levantou os olhos e disse-lhe: "Zaqueu desce depressa pois hoje devo ficar em tua casa". Ele desceu imediatamente e recebeu com alegria. A vista do acontecido todos murmuravam, dizendo: "Foi hospedar-se na casa de um pecador!" Zaqueu, de pé disse ao Senhor: "Senhor, eis que dou a metade de meus bens aos pobres, e se defraudei a alguém, restituo-lhe o quádruplo". Jesus lhe disse: Hoje a salvação entrou nesta casa, porque ele também é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido ".
O diálogo que aparentemente manifesta-se como que de caráter simplista, revela grandes ensinamentos que para muitos passam despercebidos, mas que, destaca claramente o ensinamento moral e o ensinamento espiritual. O fato de Zaqueu procurar uma melhor forma de ver Jesus, revela uma predisposição a mudança dos atos, pois a simples presença do Rabi Galileu provocava profundas reflexões. Outro ponto indiscutível, é que a mudança de Zaqueu já fazia parte dos objetivos do Mestre, tanto que ao entrar em Jericó, o percebe facilmente em cima de uma árvore ansioso por um olhar, ao que Jesus corresponde, demonstrando profundos conhecimentos de psicologia transpessoal, levantando o olhar, se dirige a ele dizendo:
"Zaqueu desce depressa pois hoje devo ficar em tua casa", neste momento o vocábulo casa adquire outra conotação, visto que, ele vem antecedido de uma afirmativa verbal, "pois hoje devo ficar em tua casa", na frase, o verbo devo, é aplicado no sentido de certeza e não de hipótese. Entendemos com isso, que o Mestre, se refere a casa mental de Zaqueu, pois a hospedagem que desejava Jesus, não era apenas no lar físico de Zaqueu, mas principalmente no seu coração, a fim de que este se modificasse. Convém ressaltar, a imensa facilidade, com que Jesus manipula os fluidos, pois, subentende-se, que ele altera a psicosfera pessoal de Zaqueu, permitindo, que este, compreenda a mensagem de natureza espiritual na sua perfeita essência, e ele a entende como se Jesus a propusesse: "Desse depressa pois hoje devo ficar em teu coração para sempre".
O envolvimento fluídico na questão é tão patente, que bastou alguns momentos em contato com o Mestre para que se processasse profundas modificações morais em Zaqueu, não apenas pelo compromisso público de restituir quadruplamente (segundo a lei de Moisés), aqueles a quem prejudicou anteriormente, mas por despertar nele, o sentimento de caridade e desprendimento, levando-o a doar aos pobres, metade dos bens que lhe pertenciam.
A autoridade espiritual de Jesus se faz presente, ao afirmar: "A salvação entrou nesta casa, porque ele também é filho de Abraão. Com efeito, o filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido". Não obstante demonstrar claramente o conhecimento da ficha espiritual de cada Espírito encarnado na Terra, visto que, conhecia as mazelas que marcavam o caminho espiritual de Zaqueu, percebia nos seus pensamentos a vontade de mudar. Se não fosse verdade estaria Jesus interferindo no livre arbítrio daquele, modificando-o intimamente contra sua vontade.
A receptividade de Zaqueu as sugestões fluídicas do Mestre, modifica instantaneamente seu comportamento para com Deus, para com o próximo e para consigo mesmo, salvando aquela encarnação e por conseguinte reformando-se pela conversão, através de atos e não de promessas.
É oportuno recordarmos que a passagem de Zaqueu é de grande alcance e importância na condução de nossas atitudes, subir no sincômoro representa a predisposição para a mudança, que funciona como agente facilitador da reforma íntima, reforma esta, que constitui-se no preparo da morada de nossos corações, onde o Cristo com certeza pedirá pousada.

Publicado na revista Reformador em fev/97

O QUE DEUS ESPERA DE NÓS


Quando Jesus declara: “Não creais que eu tenha vindo trazer a paz, mas, sim, a divisão”, seu pensamento era este: “Não creais que a minha doutrina se estabeleça pacificamente; ela trará lutas sangrentas, tendo por pretexto o meu nome, porque os homens não me terão compreendido, ou não me terão querido compreender. Os irmãos, separados pelas suas respectivas crenças, desembainharão a espada um contra o outro e a divisão reinará no seio de uma mesma família, cujos membros não partilhem da mesma crença. Vim lançar fogo à Terra para expungi-la dos erros e dos preconceitos, do mesmo modo que se põe fogo a um campo para destruir nele as ervas más, e tenho pressa de que o fogo se acenda para que a depuração seja mais rápida, visto que do conflito sairá triunfante a verdade. A guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida. Então, quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o Consolador, o Espírito de Consolador, que virá restabelecer todas as coisas, isto é, que, dando a conhecer o sentido verdadeiro das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos poderão enfim compreender, porá termo à luta fratricida que desune os filhos do mesmo Deus. Cansados, afinal, de um combate sem resultado, que consigo traz unicamente a desolação e a perturbação até ao seio das famílias, reconhecerão os homens onde estão seus verdadeiros interesses, com relação a este mundo e ao outro.
Verão de que lado estão os amigos e os inimigos da tranqüilidade deles. Todos então se porão sob a mesma bandeira: a da caridade, e as coisas serão restabelecidas na Terra, de acordo com a verdade e os princípios que vos tenho ensinado.”
Nesta sessão iremos falar do sentido religioso, da religião ou religiosidade.Já vimos que a religião, no plano da Terra, é constituída de dois aspectos: o aspecto humano e o aspecto divino.
O aspecto humano é a forma com o qual o homem entende a religião. É sua cultura, sua forma de viver, é o entendimento do que ele tem do aspecto divino da religião. Diante do exposto, lógico perceber que há uma diversidade muito grande de religiões, porque há uma grande diversidade de entendimento entre os homens.
O aspecto divino é a grande Lei da Vida, é a vontade de Deus, a harmonia universal, leis imutáveis que regem nossos destinos. De tempos em tempos, nascem seres com a missão de melhorar o entendimento humano para essa grande Lei da Vida, são aqueles que orientam as grandes massas humanas, direcionam seus pensamentos e tornam-se seus líderes espirituais.
Todos ouvimos dizer que somos (em Espírito) a imagem e semelhança de Deus. Mas nem todos os homens são iguais! Podemos ilustrar essa condição da seguinte forma: sendo um espelho, uns estão mais sujos que outros. Os espelhos mais sujos, são os homens com o entendimento mais material, mais egoísta e orgulhoso, nestes espelhos, a luz divina não reflete seu brilho em sua totalidade. Já os espelhos mais limpos, que são os homens com o entendimento mais espiritual, mais altruísta e humilde, conseguem refletir o brilho de Deus em sua totalidade.
Tomemos um grande exemplo: vejam que esses homens, em sua maioria, não fundaram religiões, todos falavam, ensinavam, demonstravam a Lei de Deus. Suas vidas foram dedicadas ao esclarecimento divino do amor universal. Poucos escreveram, a maioria realizou. Após suas mortes, o homem, por falta de condições de entendimento espiritual, formaram seitas com seus ensinamentos, fizeram a idolatria, reduzindo a luz de Deus e, muitas vezes, deturpando totalmente seus ensinamentos em nome da dominação. É só olharmos os espetáculos de pura crueldade, que em nome da religião, a história e a atualidade nos apresenta.
Nosso convite é deixarmos o aspecto humano da religião de lado.
Por princípio, toda a religião é boa se fizer seu adepto melhorar sua condição moral, fazendo com que ele se torne uma pessoa boa.As religiões brigam porque uma acredita que Jesus é Deus encarnado, a outra discorda completamente disso. Uma acredita que Maria era Virgem do corpo, a outra diz que esse sentido era espiritual.Uma diz que Jesus tinha um corpo que não era carne.Uma briga porque diz que seus adeptos têm que se vestir de uma forma, a outra porque não admite certos alimentos. E por fim, não se preocupam com o que é mais importante. Vivem em disputas infrutíferas.
Se observarmos, veremos que os grandes seres, que nasceram para nos instruir, sempre falaram de um estado espiritual, de uma vida espiritual de solidariedade, de fraternidade, eles nunca disseram que nos planos elevados da vida existe divisão religiosa. Isso porque só há uma religião, uma religiosidade, que é a Lei de Deus, que Jesus sintetizou de forma magnífica: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo".
Se você tem uma cultura religiosa de adoração a imagens, que adore sua imagem! O que importa isso? O importante é saber que se você adorar sua imagem e não fizer a caridade, a solidariedade, a fraternidade, ajudar o próximo, não estará fazendo nada de bom, estará jogando seu tempo fora. Então adore sua imagem, mas cumpra seu dever dentro da Lei de Deus.
Se sua religião diz que você não pode comer certo tipo de alimento, muito bem, não coma. Mas saiba que não é o que entra pela boca do homem que macula o homem, e sim o que sai da boca. Porque o que sai da boca do homem é o que ele tem no coração. E é o que ele tem no coração que lhe dará elevação espiritual. Pra que discutir sobre o que você come? Pra que as religiões brigarem por isso? Não perca tempo com discussões vãs, respeite a religião que você abraçou e seja um homem bom.
Enfim, poderíamos escrever páginas e páginas sobre o que é humano na religião. Mas escreveremos o que é mais importante, escreveremos sobre o que é divino.
Um excelente exemplo da interpretação dos homens colocaremos agora: deixamos aqui a magnífica demonstração da Lei de Deus entregue pelo Mestre Jesus, o Sermão da Montanha. Nele, o Mestre, com palavras simples, falando para um povo rude, demonstra a lógica da Lei Divina. Demonstra o que, em verdade, devemos dar atenção.
Colocamos duas interpretações, a de Mateus e a de Lucas. Notamos que em Mateus, um publicano, um homem culto e que viveu diretamente com o Mestre Jesus, retira das palavras do Mestre sua essência espiritual. Notaremos como Mateus coloca as palavras com um sentido mais elevado, que nos deixa em estado de enlevo. Exemplo:
Mateus: Bem-Aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.Lucas: Bem-Aventurados os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
O primeiro associa nossa elevação a um estado de espírito elevado pela virtude. O outro, se fizermos simples leitura, associa nossa elevação a simples condição financeira. O que demonstra tremenda injustiça divina, coisa que é impossível.
Por esse motivo, ouvimos pessoas dizerem que não procuram a leitura do Evangelho por haver muito erro (manipulação) da tradução realizada.Felizmente para nós, há um caminho claro. Precisamos associar todas as informações, todas as palavras, com os atributos divinos de toda perfeição e justiça de Deus. Neste caso, é só acrescentarmos a palavra espírito a palavra pobre que teremos um sentido espiritual e consonante com a Lei Divina. Poderíamos ler assim:
Bem-aventurados os pobres de espírito (da maldade, da avareza, do egoísmo, do orgulho, etc..., que são os humildes) que deles é o reino dos céus.
Apreciem as palavras ditas pelo Mestre Jesus. Vejam o que verdadeiramente temos que dar atenção.Lembrem-se: toda religião é divina, nela você encontra tudo o que você precisa saber para se elevar. Procure nos textos que norteiam sua religião, nas palavras dos seus iniciadores, o sentido da vida deles, que você achará o caminho de "volta pra casa". Não perca tempo com vãs discussões e vãos comentários.
Todos estamos cansados de guerras, lutas, discussões. Precisamos fazer o que Deus espera de nós.